Mais uma primavera!

Seja muito bem-vinda estação das flores!
Quando falamos em primavera, lembramos logo de cores, alegria, coisas boas que acontecem e que deixam nossos rostos cobertos de um sorriso que só a primavera é capaz de expressar! Coisas de mulher... Mas afinal, existe uma estação mais feminina? Ela é colorida, charmosa, deixa o ambiente muito mais agradável e cheiroso!
Aqui no Sertão, embora não possamos desfrutar de tantas cores, como em regiões onde existem as quatro estações definidas, mas ainda assim existem aquelas que resistem a tudo e que anunciam a chegada da mais alegre estação.
Flores de acácia, ou as caibreiras, ou ainda os pés de juazeiro, oiticicas, e algumas outras que conseguem se manter verdes, mesmo em períodos de seca. Mas como será que elas são capazes de tal proeza? Conversando com um engenheiro agrônomo e especialista em plantas, ele disse que as Xerófitas (aulas de Biologia hehe) conseguem sugar o que ainda há de resquícios de água, mesmo que o solo esteja seco. Digamos que são aquelas que não precisam ser alimentadas todos os dias, mas ainda assim vivem!
A natureza é mesmo impressionante, não é? Engraçado que fazemos parte dela, mas tem coisas que não compreendemos muito bem!
Bom, mas o que importa é que a primavera chegou! E como toda boa estação, é época de lembrar e viver bons momentos, tempo de renovação, de estar a flor-da-pele, ser sensível e não se envergonhar disso!
Desejo que a primavera venha com tudo e que dure muito até o verão... Ah, o verão!
... Estou me guardando pra quando ele chegar...
Viva a primavera!
Viva as flores!

Nem parece, mas falta água!

Este é o Açude Engenheiro Ávidos, que fica na cidade de Cajazeiras, no Sertão da Paraíba. Olhando assim, parece que ainda há uma imensidão de água e que nem tão cedo ele pode secar, não é mesmo?
Mas o que acontece é que este reservatório é um dos 38 que estão com a metade da capacidade total no Estado. Dos 255 milhões de metros cúbicos, ele está com apenas 90 milhões. Falando assim, em números, não temos bem a noção do que tudo isso significa. Basta dizer que as 69 comunidades que são abastecidas pela Operação Pipa no Alto Sertão, até agora, dependem desse açude para realizarem todas as tarefas que necessitam da água. E a gente sabe que não são poucas.
Imagine você passar apenas um dia sem água. Não poder escovar os dentes, tomar banho, soltar uma descarga no banheiro, beber água, cozinhar, enfim, imagina não poder fazer nada disso durante 24 horas! Agora imagina o drama de quem espera, ansiosamente, pela chegada dos carros pipa, com direito a 20 litros de água por pessoa, e passar dois, três dias, ou quem sabe, uma semana, tendo que racionar essa água e fazer de tudo para que ela dure até a volta do carro pipa...
Parece uma realidade distante da nossa! Afinal, a seca é coisa do passado! Olha só quanta água temos nas nossas torneiras jorrando, dá pra lavar o carro, a calçada, encher as piscinas e desperdiçar a vontade... É, mas isso acontece, não tão longe, aqui mesmo, é só andar um pouco, ir até a zona rural! É, ela ainda existe! Para constatar tudo isso, não é preciso ir longe, apenas abrir os olhos!
Portanto, ao passar horas no banho, ou deixar a torneira ligada enquanto lava louças, escova os dentes, ou faz sabe-se lá o quê, pare e lembre dos 104 municípios da Paraíba que sofrem com a falta dágua e que precisam de Operação Pipa para conseguir um pouco desse "precioso líquido"... Sem piegas, mas às vezes é preciso jogar na cara de quem não se toca, de quem pensa que vive no Planeta Água, e que sempre será assim!

Eu Voltei...

Depois de quase três anos! Nossa, como o tempo passa rápido! Decidi voltar a atualizar este blog. Digamos que foi uma necessidade repentina de comentar e expressar a nova, que nem é tão nova assim, fase da minha vida.
Antes, quando comecei a publicar aqui, era apenas uma estudante de Comunicação Social. Hoje, sou JORNALISTA. De direito e de fato! E olha só o poder que isso tem! Pois bem, voltando a volta, hoje estou numa nova fase, no Sertão da Paraíba e me vendo todos os dias encarando novos desafios, conhecendo pessoas e realidades.
Retratar o que vemos todos os dias, principalmente na televisão, já que me transformei numa repórter de TV, exige muito mais que profissionalismo. Exige que sejamos humanos e altamente sensíveis a tudo.
Contar uma história parece ser algo fácil. Bom, isso era o que pensávamos quando ainda éramos estudantes, aprendendo as cinco palavrinhas mágicas do jornalismo: O quê, Quem, Quando, Onde e Por que? Era tudo tão simples se fossem apenas as respostas dessas perguntas! Mas como estávamos enganados! A complexidade de entrarmos em contato direto com a notícia e com os personagens é muito mais do que podemos imaginar e passar tudo isso em um minuto e meio, dois minutos, já que estamos falando de TV é muito difícil. E é aí que entra a edição que nós mesmos repórteres temos que fazer, para caber tudo, ou quase tudo, que queremos mostrar!
E é pra tentar suprir essa necessidade, do que não vai ao ar, por falta de tempo ou por outros motivos, ou ainda para tentar contar algo que aprendi com mais um dia de trabalho, que resolvi voltar a este espaço.
Espero que gostem e que também deem sugestões, críticas ou qualquer manifestação de que estão lendo ou acompanhando o que vou expressando, ou ensaiando por aqui!
Até breve!